Os quatro investigados, entre eles um sargento do Exército, foram presos temporariamente nos dias 14 e 18 de agosto. Em depoimento, disseram que o ato foi consensual. A vítima tem 19 anos e tem problemas cognitivos. Segundo a família, por causa disso, a idade mental da garota é de uma criança de 9 anos. Ela frequenta a Apae e toma remédios controlados.
Conforme a Polícia Civil, depois de ser estuprada em um terreno baldio, a vítima foi abandonada pelos investigados em uma rua. A mãe da garota, que pediu para não ser identificada, contou que a filha teve um surto, saiu de casa e desapareceu horas antes de ser parada pelo suspeitos.
“Na hora que ela saiu, por volta de umas 23h30, ligamos para a Polícia Militar. Ficamos horas procurando, mas não a encontramos. Na manhã do dia seguinte, um jornalista aqui da cidade encontrou ela na rua, ligou para a polícia e depois me ligou”, lembrou.
“Vê-la na delegacia foi um choque. Na verdade, estou em choque até agora, é uma situação que jamais esperava viver”, lamentou a mãe da garota. Depois de ser atendida na delegacia da Mulher, a jovem fez exames no Instituto Médico-Legal (IML) e foi atendida por uma psicóloga.
A mãe ainda não sabe como esse trauma refletiu na filha. “Ela está bem quieta, não comenta nada. Acredito que pela mentalidade, ela não tem noção da gravidade do que aconteceu”, contou.
O que dizem os suspeitos
O advogado dos suspeitos afirmou que os clientes estão colaborando com as investigações e que, assim que os fatos forem esclarecidos, ficará comprovada a inocência deles. O Comando do 30º Batalhão de Infantaria Mecanizado informou que tem colaborado inteiramente com as investigações.
Por meio de nota, o Batalhão afirma que “o Exército Brasileiro não compactua com qualquer tipo de conduta ilícita por parte de seus integrantes, repudiando veementemente atitudes e comportamentos em conflito com os valores civis e militares, com a ética castrense e com a lei”.
Com os suspeitos identificados e presos, a mãe da vítima do estupro coletivo só quer que a Justiça prevaleça. “Os filhos são tudo na nossa vida. Espero que a Justiça seja feita e mantenha os quatro [suspeitos do estupro coletivo] presos. Se eles forem soltos são capazes de fazer o que fizeram com a minha filha com outra pessoa”, concluiu a mãe da jovem.
Informações do Portal G1
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